Qui, 18 de Junho de 2009 12:12 | ||
Vinte empresas do PIPE preparam-se para levar projetos ao mercado
Vinte empresas que concluíram as fases I e II do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, contarão com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para levar ao mercado os resultados dos seus projetos de pesquisa (ver quadro na página ao lado). Cada uma delas receberá R% 500 mil do Programa de Apoio de Pesquisas em Pequenas Empresas (PAPPE), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para investir ao longo de dois anos na engenharia de produção e colocar em curso seus planos de negócio. A contrapartida da FAPESP, prevista no acordo com a FINEP, são os recursos investidos pela Fundação nas duas primeiras fases do PIPE, período em que os pesquisadores desenvolvem o projeto, realizam a pesquisa e elaboram o plano de negócio. "O dinheiro do PAPPE será capital-semente para a fase III do PIPE" resume José Fernando Perez, diretor científico da FAPESP.
No âmbito do acordo com a FINEP, a FAPESP ficou responsável pela seleção dos projetos. Como as pesquisas já estavam concluídas a escolha levou em conta a engenharia do produto e o plano de negócios. "Decidimos inovar no plano de avaliação", conta Perez. A Fundação então firmou uma parceria com o Instituto Empreender Endeavor, que indicou 27 avaliadores de seu corpo de executivos voluntários - entre eles diretores da IBM, Avon, Rio Bravo, Braskem e professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - para analisar as propostas. A expectativa era de que os projetos aprovados demonstrassem potencial para atingir uma taxa mínima de crescimento de dois dígitos e taxa de retorno superior aos Certificados de Depósito Interbancário (CDI), um indicador de desempenho de negócios, nospróximos cinco anos. Traquejo para negócios - Definindo o critério de aprovação, cada um dos empreendedores foi entrevistado por por três avaliadores que observaram seu traquejo para negócios, capacidade de realização e visão de futuro do negócio. Analisaram também a vantagem competitiva e o potencial de mercado definidos no plano de negócios, a estratégia de marketing e de comercialização do produto, a viabilidade financeira e a qualificação da equipe responsável pelo projeto. A cada um destes quesitos os avaliadores atribuíram notas entre um e quatro e ainda fizeram uma (recomendação qualitativa" , como diz Perez a favor ou contra aaprovação do projeto. "Selecionamos as propostas que tiveram três pareceres favoráveis até o limite dos recursos disponíveis", afirma Perez. A FAPESP também será responsável pelo acompanhamento dos projetos. Modelo complementar - o programa conta recursos dos fundos setoriais e é implementado nos estados em parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa (Fasp) e secretarias estaduais de Ciência e Tecnologia. Em 2004, primeiro ano de operação do programa, o Pappe investiu R$ 151,8 milhões em projetos de inovação em 19 estados. Em 2005, de acordo com Canto, esses recursos somarão algo em torno de R$ 60 milhões. O modelo de investimento e de financiamento adotado peloPappe é semelhante ao do PIPE, implementado pela FAPESP em 1997 e, por isso, o programa em São Paulo foi adotado para complementasr o PIPE. Um acordo firmado entre a Fundação e a FINEP permitiu a fusão dos dois programas no Pappe-PIPI III e canalização dos recursos federais para as empresas até então apoiadas pela FAPESP. "Esperamos que esse programa se traduza numa rubrica permanente e se estabilize com novos editais", afirma Perez. .
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